quarta-feira, 4 de maio de 2011

História - Uma vela a apagar-se

Era uma vela, uma única vela que alumiava debilmente um quarto. A longa língua rubra da vela estremecia, enquanto ela falava:

- Vou morrer, não tarda. Em vão, porque a minha chama não deu luz a nada que merecesse a pena. Nem testemunhei o nascimento de uma criança nem realcei um beijo de amor nem inspirei o poema de um poeta. Podia ter sido o minúsculo farol que ajudasse alguém a ir ter com alguém, mas nenhum vulto quis pegar no meu castiçal solitário. Sou uma inútil.

E a vela, a extinguir-se, desfazia-se em lágrimas de cera. Mas um leve ruído, vindo do corredor, alvoraçou-lhe os últimos lampejos. Era um ladrão, que, guiado pela luz da vela, se preparava para levantar a tampa de uma arca que guardaria, decerto, algum tesouro. A vela viu tudo, num relance. Nada já podia, porque o pavio, que sustenta a chama, se afundava no pequeno lago de cera da vela a desfazer-se, a apagar-se, de vez. E eis que, de repente, escureceu. O ladrão sobressaltou-se e, sem luz para guiá-lo, tropeçou numa esteira, que deslocou uma cadeira, que tombou sobre uma prateleira, cheia de livros. Alguns caíram, fazendo imenso barulho.

- Quem está aí? - gritou uma voz forte de alguém, que o barulho acordara. O visitante furtivo preferiu não responder e fugiu, deitando ao chão mais cadeiras e estantes, num grande atarantamento. Desceu uma escada, correu por um jardim, saltou um muro e ainda ouviu gritos e o estampido de uma caçadeira, à conta dele. Não fosse ter-se apagado a vela, que se julgava inútil, e a história teria sido diferente.

Adivinha

Branca como a neve, preta como a paz, fala e não tem boca. Ainda não tem pés.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Museu dos Transportes e Comunicação

MUSEU DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES, Porto

Sabia que o primeiro automóvel a entrar em Portugal foi o Panhard & Levassor e que na sua primeira viagem atropelou um burro? Conhece o Marlei, modelo único construído por Mário Moreira Leite para competição? Já passou pela “Garagem do Sr. Teixeira”? Como será o futuro do automóvel?
Concebida em estreita colaboração com o Clube Português de Automóveis Antigos, esta exposição ilustra a evolução histórica e tecnológica do automóvel desde o seu surgimento até à actualidade.
Na “Garagem” desenvolvem-se actividades práticas de carácter lúdico-pedagógico com a colaboração do “Mecânico Sr. Teixeira”. Ver o nível do óleo, da água, mudar um pneu em segurança, sensibilizar para atitudes mais seguras quando se viaja de automóvel são disso exemplo.
Integra ainda um ciclo de exposições temáticas de "Miniaturas Automóveis".

Horário: Terça a Sexta-feira 10h às 18 h
Sábados, Domingos e Feriados 15h às 19h
Preço: 3 euros para crianças e adultos

Entrada gratuita para crianças até aos 6 anos

Para mais informações acede a: http://www.amtc.pt/

Planetário

PLANETÁRIO CALOUSTE GULBENKIAN

Podemos observar o céu, as estrelas e as constelações, aprendendo a identificar a Ursa Maior e a Ursa Menor para, a partir delas, localizarmos a Estrela Polar e encontrarmos os pontos cardeais.
Depois ficamos a conhecer os principais movimentos da Terra e as suas consequências.
Fala-se também da Lua, suas características físicas, movimento em torno da Terra e diferentes fases. Partindo da Terra, fazemos uma breve “viagem” espacial, através de alguns planetas do Sistema Solar até longínquas e deslumbrantes galáxias. Ao regressarmos ao nosso planeta, somos surpreendidos por um céu muito nublado e assistimos ao espectacular fenómeno da trovoada.


Para crianças entre os 6 anos e 12 anos
Horário: Sábado 16:30h / Domingo 11:30h
Preço: 2 euros para crianças/4 euros para adulto

Ao domingo entrada gratuita

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ambiente

Descobre quais são os animais que cantam e como cantam.
Os animais cantam com diferentes objectivos: atrair as fêmeas, marcar o território, comunicar.

Os machos são melhores cantores?
Em muitas espécies os machos são os únicos com dotes para o canto. As fêmeas não sabem cantar. É o que acontece, por exemplo, com as cigarras. Os machos cantam e as fêmeas, atraídas pelo canto, aproximam-se deles para acasalar.
Sabias que cada espécie de cigarra emite o seu próprio som? Deste modo, quando o macho canta, atrai somente fêmeas da sua própria espécie. Mas o canto do macho também tem outra função: ele canta alto para irritar os ouvidos dos predadores (os pássaros) e afastá-los. Durante a época de acasalamento, os pássaros também cantam para atrair as suas companheiras. Algumas espécies de aves aprendem a cantar quando são jovens, ouvindo os adultos a cantar. Enquanto outras, não precisam de ouvir os adultos. Elas já nascem a saber cantar.

O canto dos animais serve para marcar território?
Muito animais cantam para delimitar o seu território. Se falassem diriam, com toda a certeza, «Este território é meu! Não ousem invadi-lo.»
Por exemplo, o galo canta de madrugada para assustar os seus adversários. É que ele gosta de ser o único macho do galinheiro e assumir o comando de tudo. Assim, usa a voz para avisar os outros machos da sua espécie que se trata do seu território.

Sabias que existem aves que emitam o canto de outras espécies?
Algumas aves têm esta habilidade e fazem-no para marcar o seu território. Sabes o que isto significa? Quando o dono real do canto ouve a imitação, não se apercebe da farsa e pensa que aquele território já está ocupado por um macho da sua espécie. E deixa o território livre e, deste modo, a ave imitadora fica com mais alimentos para si e para a sua família.

Curiosidade: Sabias que as baleias-azuis cantam cada vez mais alto? Há cada vez mais ruído no mar provocado pelo tráfego de navios e as baleias, para se fazerem ouvir, cantam cada vez mais alto. Esta é uma das explicações dadas pelos cientistas.

Sabias que...

Sabias que o cérebro num minuto dá milhões de informações.
O cérebro é uma máquina muito dinâmica. Por isso, consegue num minuto transmitir milhões de informações aos músculos

Lenda de Portugal - Lenda do Castelo de Bragança ou da Torre da Princesa

Quando a cidade de Bragança era ainda a aldeia da Benquerença, existia uma princesa bela e órfã que vivia com o seu tio, o senhor do Castelo. A princesa tinha-se apaixonado por um jovem nobre e valoroso, mas pobre, que também a amava, e que tinha partido para procurar fortuna, prometendo só voltar quando se achasse digno de a pedir em casamento. Durante muitos anos a princesa recusou todas as propostas de casamento até que o tio resolveu forçá-la a casar-se com um nobre cavaleiro seu amigo. Quando a jovem foi apresentada ao cavaleiro decidiu contar-lhe que o seu coração era do homem por quem esperava há 10 anos, o que encheu de cólera o tio que resolveu vingar-se. Nessa noite, o senhor do Castelo disfarçou-se de fantasma e entrando por uma das duas portas dos aposentos da princesa, disse-lhe que esta seria condenada para sempre se não acedesse a casar com o cavaleiro. Quando estava a ponto de a obrigar a jurar por Cristo, a outra porta abriu-se e, apesar de ser de noite, entrou um raio de sol que desmascarou o falso fantasma. A partir de então a princesa nunca mais foi obrigada a quebrar a sua promessa e passou a viver recolhida numa torre que ficou para sempre lembrada como a Torre da Princesa. As duas portas ficaram a ser conhecidas pela Porta da Traição e a Porta do Sol.